“Inúmeras pessoas consideram que ver televisão é “relaxante”. Observe-se atentamente!
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…Ver televisão cria espaço interior? Faz-nos estar presentes? Infelizmente, não. Apesar de a nossa mente não gerar quaisquer pensamentos durante longos períodos de tempo, ela liga-se à actividade mental do programa de televisivo. Liga-se à versão televisiva da mente colectiva e está a pensar os seus pensamentos. A mente só está activa pelo facto de não estar a produzir pensamentos. Contudo, está permanentemente a absorver pensamentos e imagens transmitidas pelo ecrã televisivo. Isto induz um estado passivo de grande susceptibilidade semelhante ao transe e à hipnose. Por isso é que pode estar ao serviço da manipulação da “opinião pública”, como os políticos, os grupos económicos e os publicitários sabem bem, razão pela qual pagam milhões de dólares para nos apanhar nesse estado de inconsciência receptiva. Eles querem que os seus pensamentos se tornem os nossos pensamentos e, geralmente, são bem sucedidos.
Por isso quando vemos televisão, a tendência é para ficarmos abaixo do pensamento, e não acima dele. A televisão tem isso em comum com o álcool e com as drogas. Embora nos aliviam um pouco da nossa mente, pagamos um preço elevado: a perda de consciência. Tal como as drogas, a televisão também tem uma forte tendência para provocar a dependência.
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Quando ficamos viciados, o que vemos torna-se cada vez mais trivial e insignificante, tornando-nos cada vez mais dependentes da televisão. Se fosse interessante, se provocasse o pensamento, a televisão estimularia a nossa mente para pensar novamente por si só, o que é mais consciente e, por conseguinte, preferível a um transe televisivo induzido.
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UM NOVO MUNDO de Eckarte Tolle
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